O uso de moedas e cédulas está sendo substituído cada vez mais por pequenos cartões de plástico. Instituições financeiras, bancos e um crescente número de lojas oferecem a seus clientes cartões que podem ser usados na compra de grande número de bens e serviços, inclusive em lojas virtuais através da Internet. Os cartões não são dinheiro real: simplesmente registram a intenção de pagamento do consumidor. Cedo ou tarde a despesa terá de ser paga, em espécie ou em cheque. É, portanto, uma forma imediata de crédito.
Como surgiu?
O Cartão de crédito surgiu nos Estados Unidos na década de 20. Postos de gasolina, hotéis e firmas começaram a oferecê-los para seus clientes mais fiéis. Eles podiam abastecer o carro ou hospedarem-se num hotel sem usar dinheiro ou cheque.
Em 1950, o Diners Club criou o primeiro cartão de crédito moderno. Era aceito inicialmente em 27 bons restaurantes daquele país e usado por importantes homens de negócios, como uma maneira prática de pagar suas despesas de viagens a trabalho e de lazer. Confeccionado em papel cartão, trazia o nome do associado de um lado e dos estabelecimentos filiados em outro. Somente em 1955 o Diners passou a usar o plástico em sua fabricação.
Em 1958, foi a vez do American Express lançar o seu cartão. Na época, os bancos perceberam que estavam perdendo o controle do mercado para essas instituições, e no mesmo ano o Bank of America introduziu o seu BankAmericard. Em 1977, o BankAmericard passa a denominar-se Visa. Na década de 90, o Visa torna-se o maior cartão com circulação mundial, sendo aceito em 12 milhões de estabelecimentos.
O comércio vem criando os seus próprios cartões. Destinados a atender a uma clientela mais fiel, eles facilitam a compra e eliminam a burocracia na abertura de crédito.
Em diversos países os cartões telefônicos são uma maneira prática de realizar ligações de telefones públicos sem o incômodo de fichas e moedas. A cada chamada a tarifa é descontada do valor facial do cartão.
Os cartões se multiplicaram. Hoje eles estão cada vez mais direcionados para os diversos nichos de mercado. São cartões de afinidade, que apoiam campanhas sociais, ecológicas; cartões para atender jovens e universitários; ou cartões de negócios destinados a altos funcionários de empresas.
O outro lado de toda essa tecnologia é como as pessoas a utilizam e como o mercado insere esses produtos na vida das pessoas. É comum esbarramos com jovens nos grandes centros oferecendo os mais diversos serviços de crédito ( cartões de banco, de lojas, etc.). Parece até moda, quem não tem um cartão de crédito?
Há vários problemas em torno disso:
Primeiro as empresas que oferecem estas facilidades, que muitas vezes se aproveitam da ignorância das pessoas para adicionar ao cartão aqueles famosos seguros que mesmo sem utilizar o cartão são cobrados e a burocrácia para cancela-los vai além da paciência. Além disso há o parcelamento com juros, as pessoas veêm as parcelas com valores tão pequenos que acham que estão levando vantagem sobre a empresa, pura ilusão, a empresa é muito mais esperta que você e no final das contas você poderá estar pagando o dobro do valor real, e não terá vantagem nenhuma.
No etanto nada disso se compara ao consumismo desenfreado que levar o ser humano a comprar além do seu salário e depois, sair pagando o valor minimo de suas faturas, uma bola de neve (experiência própria) que levará você ao SPC & SERASA brevemente!
A facilidade de compra, as novidades das lojas levam inumeras pessoas a comprar coisas descessárias.
MINNHA EXPERIÊNCIA:
Quando fiz 16 anos meu sonho era ter meu cartão de crédito, o mesmo representava INDEPENDÊNCIA, coisa que todo jovem almeja. Consegui um, não tinha emprego fixo e logo sai comprado o que tinha vontade, sem perceber recebo uma fatura muito alta, pra quem não trabalhava era um grande problema. O pouco dinheiro que cnseguia pagava o minimo até perceber que a divida só aumentava. Pronto, não deu mais para pagar, resultado: NOME SUJO!
Tive uma boa criação, sempre recebia conselhos: "É melhor dormir com fome, do que acordar com dívida". Essa frase não me permitia dormir em paz, minha dívida me pertubava.
Um tempo depois consegui estágio, paguei a divida e prometi pra mim mesma não adquirir novamente. Mas as vezes a gente demora pra aprender as coisas e cometi o mesmo erro mais duas vezes.
Meu sono novamente sendo pertubado, era horrível.
Há quem não sinta nada, não esteja nem aí, mas sempre me importei demais.
Hoje mais madura aprendi a não consumr além do que ganho. Não é fácil, há amigos tentadores, promoções tentadoras, comidas tentadoras e por aí vai uma infinita tentação, além é claros dos COMPRE...TENHA...USE...ADQUIRA...
Acho que todos nós precisavámos aprender na escola a administar a vida financeira, nossos pais até poderiam nos ensinar,mas eles mesmos não sabem como fazer isso, então a escola é um bom lugar para começar a EDUCAÇÃO FINANCEIRA.
Para controlar meu consumismo sempre me faço as três perguntas básicas:
1º) Eu preciso?
2º) É para agora?
3) Tenho dinheiro para comprar?
Só compro se passar pelas três perguntas. E tem funcionado comigo.
Além disso adoto os metodos de controle dos meus gastos, como planilha de entradas e saídas. Dou prioridade ao pagamento das contas, para depois comprar algum extra.
Não se permitam ser vitima do consumismo e viver presos as contas e débitos e não pense que se você receber um salário maior vai saber administrar, se você não sabe usar certo o pouco dinheiro que ganha, poderá ganhar na loteria e não vai adiantar nada.
COMO MUDAR?
Comece colocando as dividas todas num papel, com valores, vencimentos, quantidades de parcelas (se houver), depois faça um plano de pagamento, durante este periodo você não poderá comprar nada, apenas o emergencial.
Isso leva tempo e você precisa ter muita força de vontade e autocontrole, se não consegue se controlar com cartões na bolsa, deixe-os em casa!
Após pagar boa parte das dividas e adquirir autocontrole financeiro é hora de decidir quantos cartões você realmente precisa, daí comece a cancelar os desnecessários.
Faça uma plano com seus gastos mensais:luz, telefone, comida, curso, gasolina, etc. Saiba quanto você gasta por mês, se sobra alguma coisa, quanto você poderá poupar.
E lembre é sempre bom poupar e poder compar coisas à vista, além de se preparar para os imprevistos.
Você não precisa ter tudo que sai na moda para ser feliz, ou ser uma pessoa legal, não precisa se render as verbos imperativos da nossa era.
Tenha uma vida finaceira saudável e verá como se sentirá feliz.
Boa sorte!